Por Stefan Ligocki – consultor, palestrante e especialista em Longevidade e Diversidade Geracional
Na Era Digital em que vivemos, caracterizada por rápidas transformações (inclusive no mercado de trabalho), manter-se atualizado é fundamental para qualquer tipo de profissional. Estar sempre adquirindo novos conhecimentos pode ser decisivo para garantir o seu emprego ou para manter o seu negócio competitivo, se você é um empreendedor. Nesse sentido, nunca foi tão importante ser um profissional "lifelong learning”, principalmente se você também é um profissional maduro: 40+, 50+, 60+...
Mas o que é um “profissional lifelong learning”? E por que esse conceito é ainda mais importante para um profissional maduro?
Vamos lá: o primeiro passo para entender o que é um “profissional lifelong learning” é traduzir o significado dessa expressão em Inglês, que significa “aprendizado ao longo da vida”. Ou seja, para um profissional se manter sempre atualizado, ele precisa investir na sua educação de forma contínua, durante toda a sua vida.
Para o profissional maduro, isso é ainda mais importante por dois motivos.
O primeiro é que um profissional com mais de 40 anos já precisa enfrentar um desafio a mais em relação a outros profissionais no mercado de trabalho: o preconceito de idade. Se um profissional maduro não estiver atualizado, como terá chances mínimas de avançar no processo seletivo típico das empresas, no qual os jovens costumam ter a “preferência” de recrutadores
Quem acompanha o meu conteúdo aqui no LinkedIn há bastante tempo já sabe que, além do meu trabalho como consultor e professor de marketing e vendas, sou um ativista contra o etarismo – em 2021, criei a iniciativa Mais 40+ de combate ao
preconceito de idade (que no ano passado, aliás, se tornou uma empresa de consultoria e treinamentos que atua na área de Diversidade e Inclusão Etária).
Pois nos meus conteúdos sobre etarismo aqui no LinkedIn, costumo enfatizar que um dos principais mitos envolvendo os profissionais maduros é aquele que sustenta que supostamente eles são “desatualizados”. Há uma crença limitante muito forte no mercado de trabalho de que todo profissional sênior “não conhece novas tecnologias”, “não é digital” e “não sabe inovar”, entre outras bobagens.
É válido ressaltar que ser um profissional atualizado não tem a ver com sua idade, mas com o desejo – ou necessidade – de adquirir conhecimento, seja qual for a sua idade. Portanto, há profissionais maduros atualizados e desatualizados, assim como há também profissionais jovens atualizados e desatualizados. Simples assim.
No entanto, devido ao preconceito de idade e ao mito de que “todo profissional maduro está defasado”, manter-se atualizado tornou-se quase uma obrigação para quem tem mais de 40 anos e precisa superar situações etaristas diariamente no
mercado de trabalho. Só quem tem mais de 40 anos sabe do que estou falando...
Mas não para por aí. Além do fator “preconceito de idade”, há outro motivo que obriga todo profissional maduro a se manter atualizado: garantir a sua “empregabilidade” no mercado de trabalho – ou seja, ser um profissional desejado
pelas empresas – e a sua “trabalhabilidade”, palavra que sintetiza o escopo de habilidades necessárias para um profissional administrar sua carreira e até mesmo gerar a própria renda (empreender).
Como mencionei no início deste texto, vivemos em uma era de grandes e rápidas transformações em diversas áreas, inclusive no mercado de trabalho. Nos últimos 20 anos, várias profissões desapareceram e outras várias surgiram devido ao avanço ou surgimento de novas tecnologias.
Nesse contexto, garantir a viabilidade da sua atual carreira, mudar de carreira ou mesmo ter uma segunda carreira – ser um profissional “multicarreiras” – se tornou algo bastante comum, principalmente para profissionais maduros. Afinal, quem
começou a trabalhar há mais de 20 anos certamente vivenciou algum tipo de transformação na sua área profissional, não tenho a menor dúvida.
E para um profissional progredir na atual carreira, mudar de carreira ou ter mais de uma carreira, é crucial adquirir novos conhecimentos durante sua vida. E é aí que entra a importância, eu diria até mesmo a necessidade, de ser “lifelong learning”.
Você, profissional maduro que lê este texto neste momento, possivelmente já mudou de carreira nos últimos 10 ou 15 anos. Se fez isso, certamente precisou se capacitar para encarar essa transformação com mais chances de obter sucesso. Falo por experiência própria. Eu mesmo já atuei em diferentes áreas profissionais em 23 anos atuando no mercado de trabalho e, antes de fazer qualquer mudança de rumo, fui em busca de conhecimento.
Portanto, fica a dica: nunca pare de aprender!
Por Stefan Ligocki – consultor, palestrante e especialista em Longevidade e Diversidade Geracional